quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Tratamento Fisioterapêutico na Doença de Parkinson, no paciente com inclinação e rotação da coluna cervical.



Postado por: Nathalia Alvim, Bianca Camini e Stephanie Taveira.

Doença de Parkinson é uma doença neurológica, que afeta os movimentos do individuo. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, e alterações na fala e na escrita. Não é uma doença fatal, nem contagiosa, não afeta a memória ou a capacidade intelectual do parkinsoniano.
É importante que, inicialmente, seja realizada uma criteriosa avaliação do paciente, para que se determine o real nível de comprometimento, uma vez que, por esta ser uma patologia degenerativa e progressiva, o tratamento fisioterapêutico adequado é de suma importância para minimizar e retardar a evolução da patologia, proporcionando a este paciente uma maior qualidade de vida e funcionabilidade.
Com esse trabalho irei demonstrar a evolução do tratamento fisioterápico, na retração da musculatura da coluna cervical à esquerda, levando a paciente ter inclinação da cervical e rotação discreta de cabeça, diminuindo a dissociação de cinturas da paciente. Tendo evolução no tratamento.
A Doença de Parkinson (DP) foi descrita pela primeira vez por James Parkinson, em 1817; sua patologia foi definida cerca de cem anos depois, e o tratamento sofreu uma revolução nos anos 60, com a introdução do fármaco levodopa (J, D & Austen, R, B, G, 2000).
De acordo com DeLisa, 2002, o parkinsonismo pode ser dividido em três categorias: primário ou idiopático, secundário ou sintomático (processos patológicos que afetam os núcleos da base) e Parkinson plus (sinais de parkinsonismo juntamente com outros déficits neurológicos).:
O diagnóstico é baseado na observação clínica, mas pode ser difícil nos estágios iniciais devido a outras condições que podem mascarar-se como DP (DeLisa, 2002).
A ressonância magnética pode apresentar sinais anormais de hipodensidade no estriado. A tomografia de emissão positrônica é um bom indicador do sistema dopaminérgico nigroestriatal. Ela provê uma oportunidade única para investigar as alterações no fluxo sanguíneo, metabolismo energético e sistema neurotransmissor in vivo em humanos. Além disso, ela auxilia na compreensão da fisiopatologia da DP e pode melhorar a precisão diagnóstica de várias formas de parkinsonismo (DeLisa, 2002).
Os sintomas comuns são lentidão na marcha, distúrbio do equilíbrio, com quedas ocasionais ou dificuldades nos movimentos finos de manipulação, como verstir-se ou barbear-se. Podem estar incluídos dificuldades com movimentos específicos como escrever, virar na cama ou levantar-se de uma cadeira baixa e incapacidade de elevar a voz ou de ter tosse produtiva (Jones, D & Austen, R, B, G, 2000).
Os sinais clínicos da Doença de Parkinson são constituídos, principalmente, pela tríade: tremor, rigidez e bradicinesia. Os sinais e sintomas da Doença de Parkinson são de início insidioso e assimétrico, podendo qualquer um de suas manifestações aparecer isoladamente ou em associação, podendo variar de paciente para paciente.
Embora a terapia farmacológica seja base do tratamento, a fisioterapia também é muito importante. Ela envolve os pacientes em seu próprio atendimento, promove o exercício, mantém ativos os músculos e preserva a mobilidade. Esta abordagem é particularmente benéfica quando o parkinsonismo avança, porque muitos pacientes tendem a permanecer sentados e inativos (Rowland, 1997).
O tratamento consiste em treinamento das atividades mais difíceis de serem excutadas por cada pessoa, também é trabalhado a manutenção ou melhora das condições musculares, através de exercícios de alongamento e fortalecimentos globais, além de exercícios posturais e de equilíbrio, todos eles associados a movimentos respiratórios, oferecendo ao paciente condições ideais ou próximas disso, para que possa realizar atividades mais facilmente. Em relação aos objetivos fisioterapêuticos, de maneira geral, é importante manter ou melhorar a amplitude de movimento em todas as articulações; retardar o surgimento de contraturas e deformidades; retardar a atrofia por desuso e a fraqueza muscular; promover e incrementar o funcionamento motor e a mobilidade; incrementar o padrão da marcha; melhorar as condições respiratórias, a expansibilidade pulmonar e a mobilidade torácica; manter ou aumentar a independência funcional nas atividades de vida diária; melhorar a auto-estima (Thomson; Skinner; Piercy, 2000).
Conforme O’ Sullivan e Schmitz, 1993, as metas a longo prazo de um programa de fisioterapia são as seguintes:
- Retardar ou minimizar a progressão e efeitos dos sintomas da doença;
- Impedir o desenvolvimento de complicações e deformidades secundárias;
- Manter ao máximo as capacidades funcionais do paciente.
Com este trabalho foi concluído que as técnicas de polpagem, tração e alongamento tem grandes resultados na retração da musculatura da coluna cervical, dando melhor conforto e equilíbrio para a paciente.

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