terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Programa de Humanização da Saúde: dilemas entre o relacional e o técnico

(Postado por: Carla Luiza, Fernanda Alves, Jéssica Carolina, Priscila de Carvalho, Verônica Cristina, Verônica Felipe)

A humanização em saúde é uma das políticas prioritárias do setor da saúde, atualmente em implementação em nosso país. Promover saúde e humanizar a atenção à saúde são trabalhos processuais de longo prazo, dinâmicos e intimamente relacionados com o contexto em que se desenvolvem. O Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) foi criado em 1999, pela Secretaria da Assistência à Saúde do Ministério da Saúde, com os objetivos de:
· Melhorar a qualidade e a eficácia da atenção dispensada aos usuários da rede hospitalar;
· Recuperar a imagem dos hospitais junto à comunidade;
· Capacitar os profissionais dos hospitais para um conceito de atenção à saúde baseado na valorização da vida humana e da cidadania;
· Conceber e implantar novas iniciativas de humanização beneficiando tanto os usuários como os profissionais de saúde;

Segundo documentos do programa, humanizar é ofertar atendimento de qualidade articulando os avanços tecnológicos com acolhimento, com melhoria dos ambientes de cuidado e das condições de trabalho dos profissionais.
O objetivo central do PNHAH é de promover uma mudança de cultura no atendimento na área hospitalar.
Pode-se perceber uma estreita relação entre a humanização em saúde e a promoção da saúde. Assim, a saúde de cada indivíduo, dos vários grupos sociais e de cada comunidade depende das ações humanas, das interações sociais, dos modelos de atenção à saúde e de vários outros fatores.
Quando se aborda a questão das ações humanas e das interações sociais que a estratégia da promoção da saúde aproxima-se do tema da humanização na atenção e gestão no Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente ao se considerar que um dos campos de atuação preconizados para a promoção da saúde é a reorientação dos sistemas e serviços de saúde. Tal reorientação passa, necessariamente, pela mudança do comportamento tradicional dos profissionais junto aos usuários dos serviços de saúde, bem como pela reorganização da gestão e democratização das relações de trabalho entre os próprios profissionais.

Fica claro que promover e humanizar a atenção à saúde são trabalhos processuais de longo prazo e dinâmicos, pois são muito influenciados pelo contexto em que ocorrem, o que faz com que seja muito difícil selecionar e separar as variáveis para serem acompanhadas e avaliadas.

A idéia de “humanização da saúde” demanda do profissional que converta a dimensão econômica e técnica de seu trabalho em dimensão relacional. É necessário reconhecer que a Saúde Pública é uma cultura (mesmo que ela não se reconheça como tal), uma vez que ela envolve um saber, um método, um estado de espírito, uma tecnologia e um campo social estruturado e relativamente autônomo no qual os atores sociais ocupam uma posição definida pelo volume e capital social condizente. Dessa forma, a Saúde Pública articula valores de ordem simbólica e material ao mundo social.


Fonte dos artigos:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-12902005000300007&script=sci_arttext&tlng=es

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-12902004000300006&script=sci_arttext&tlng=es

Imagens:
http://www.reginaldotech.com.br/tag/conferencia-municipal-de-saude/

http://conexaoto.com.br/noticia/ong-anjos-da-enfermagem-realiza-selecao-de-voluntarios-em-palmas/4789




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