domingo, 8 de novembro de 2009

O MÉTODO PILATES NO TRATAMENTO DA LOMBALGIA

Postado por: Elaine F. Baeça; Estefânia E. V. Magalhães; Graziele S. Tavares; Mariana M. Barsano; Mayara R. dos Santos.


Estudos têm se dedicado a desenvolver técnicas que contribuam para o restabelecimento e manutenção da saúde física, mental e respiratória dos pacientes. Muitas destas técnicas são utilizadas no Método Pilates (VILELA, 2006). Segundo Joseph Pilates, o problema é que as pessoas buscam saúde “sem o esforço regular, disciplinado, necessário para tornar os nossos corpos totalmente móveis, fortes e resistentes” (GALLAGHER; KRYZANOWSKA, 2000).
O Pilates é uma técnica dinâmica que visa trabalhar força, alongamento, flexibilidade, preocupando-se em manter as curvaturas fisiológicas do corpo e tendo o abdômen como centro de força durante a execução dos exercícios que são realizados com poucas repetições. Os seis princípios básicos do método são: concentração, consciência, controle, “centramento”, respiração e movimentos harmônicos. De acordo com Joseph Pilates o método tem como vantagens: estimular a circulação, melhorar o condicionamento físico, flexibilidade, amplitude muscular e alinhamento postural (SACCO; ANDRADE; SOUZA; NISIYAMA; CANTUÁRIA; MAEDA; PIKEL, 2005). Os exercícios devem ser realizados com muita concentração, uma consciência cinestésica que permita a concentração da mente naquilo que o corpo está fazendo. Com isso o corpo começa a perceber o movimento e utilizar as estabilizações necessárias para sua execução, evitando lesões (GALLAGHER; KRYZANOWSKA, 2000).
O método Pilates é uma alternativa terapêutica no tratamento de distúrbios musculares e posturais como a Lombalgia. Em países industrializados, a Lombalgia é a principal causa de afastamento de trabalho dos indivíduos com menos de 45 anos e sua prevalência é estimada em 70% (MANCIN; BONVICINE; GONÇALVES; BARBOSA, 2008). Segundo KOLYNIAK; CAVALCANT; AOKA, (2004), a dificuldade de prevenção e tratamento da lombalgia é devida a sua etiologia ser multifatorial e ao fato de que muitas das suas causas ainda permanecerem desconhecidas. Porém, sabemos que se os músculos posturais não agirem de maneira apropriada o movimento pode desencadear instabilidade e compensações em estruturas relacionadas, como no caso da Lombalgia. Os profissionais da saúde e o próprio fisioterapeuta se não estiverem conscientes de suas posturas podem desenvolver Lombalgia. Na prática clínica, esta é uma patologia comum e às vezes recorrente. Diante disso, portadores de dores crônicas têm buscado terapias complementares na tentativa de uma melhora efetiva de suas afecções, sendo o Pilates um dos métodos procurados (SIQUEIRA; CAHU; VIEIRA, 2006).

Referências Bibliográficas


1) GALLAGHER, Sean P.; KRYZANOWSKA, Romana. O Método Pilates ® – de Condicionamento Físico. Revisão Técnica: Inelia E. Garcia G. Kolyniack. The Pilates ® Studios do Brasil. Guarulhos, São Paulo. Janeiro de 2000, 3ª edição.


2) KOLYNIAK, IEGG; CAVALCANTI, SMB; AOKA, MS. Avaliação Isocinética da Musculatura Envolvida na Flexão e Extensão do Tronco: Efeito do Método Pilates®. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v.10, n.6, Niterói, nov/dez 2004.


3) MANCIN, GB; BONVICINE, C; GONÇALVES, C; BARBOSA, MAI. Análise da influência do sendentarismo sobre a qualidade de vida de pacientes portadores de dor lombar crônica – ConScientiare Saúde, 2008; 7(4):441-447.


4) SACCO, ICN; ANDRADE, MS; SOUZA, OS; NISIYAMA, M; CANTUÁRIA, AL; MAEDA, EYI; PIKEL, M. Método pilates em revista: Aspectos biomecânicos de movimentos específicos para restruturação postural- estudo de caso. Rev. Bras. Ci e Mov. 2005; 13(4): 65-78.


5) SIQUEIRA GR, CAHU FGM, VIEIRA RAG. Ocorrência de lombalgia em fisioterapeutas na cidade do Recife PE). Ver. Bras. Fisioter. São Carlos, V. 12, n. 3, p. 222-7,maio/Junho 2008.


6) VILELA, RP. Efeitos de um programa de exercícios baseado em abordagem postural e funcional sobre a capacidade funcional e a qualidade de vida de pacientes com lombalgia crônica. (dissertação apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2006, para obtenção do título de mestre em ciências. Data da publicação: 20/10/2006. Acesso no site http://www.teses.usp.br/ dia 31/10/2009).

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