EXERCÍCIOS FÍSICOS NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS OCUPACIONAIS

(Postado por: Carla Luiza, Fernanda Alves, Jéssica Carolina, Priscila de Carvalho, Verônica Cristina, Verônica Felipe)

Com o passar dos anos, as formas de trabalho foram sendo modificadas e estruturadas de maneiras diferentes – mais mecanizadas. Com isto, a saúde do trabalhador vem se tornando cada vez mais comprometida.
Devido à rápida evolução do desenvolvimento tecnológico, inúmeras empresas estão sendo fortemente pressionadas pelo mercado, que exige qualidade e competitividade e são forçadas, pouco a pouco, a encarar os altíssimos índices de acidentes de trabalho e doenças profissionais que lhes corroem significativamente a produtividade e os lucros.

Sabe-se claramente que é no trabalho que passamos a maior parte das nossas vidas, e que trabalhadores são alvo de inúmeras doenças ocupacionais. Assim, seus reflexos se estendem, de forma acentuada, sobre o nosso bem-estar mesmo quando não estamos trabalhando. Através de pesquisas, pode-se comprovar que a prática de atividades físicas dentro e fora do contexto organizacional contribui significativamente na redução de dores musculares localizadas, melhoria da qualidade de vida, além de trazer benefícios para a empresa, ou seja, aumento da produtividade e diminuição do absenteísmo.

Foi desenvolvida uma pesquisa no Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina S/A – CIASC, onde participaram do estudo 16 trabalhadores (9 homens e 7 mulheres) na faixa etária entre 37 e 59 anos de idade, que tinham em média 20 anos de profissão. No que se refere à jornada de trabalho, eles realizavam serviços administrativos, de manutenção e desenvolvimento de software exercendo uma carga horária de 40 horas semanais, sendo que destas, uma média de 5 horas diárias eram destinadas ao desenvolvimento de suas atividades frente ao computador. Quanto a posição corporal, a mais utilizada era a sentada (postura estática), onde os joelhos e os braços ficavam semi-flexionados, a cabeça e os ombros projetados a frente.

Aplicou-se 39 aulas em dias alternados, sempre as 2ª, 4ª e 6ª feiras, durante um período de 3 meses. Cada aula tinha duração de 15 minutos e cada exercício físico continha um tempo de 30 segundos para sua execução. Foram utilizadas bolinhas de massagem (stress ball) como auxílio terapêutico para aliviar as tensões musculares das mãos, bem como, aproveitou os componentes do espaço físico do auditório da empresa (cadeira, paredes e palco) para a realização de alguns exercícios físicos específicos.

Para se ter noção de como as aulas foram ministradas, abaixo segue a descrição de uma delas:
Pescoço:
• Flexão e hiperextensão;
• Inclinação lateral (direita e esquerda);
• Circundação;
Ombro:
• Rotação interna e externa;
• Adução e abdução;
• Circundação;
Coluna:
• Flexão de tronco e hiperextensão;
• Inclinação lateral (direita e esquerda);
Quadril:
• Circundação (direita e esquerda);
• Flexão;

Joelhos:
• Rotação interna e externa; Flexão e hiperextensão.

Pode-se observar que um bom número de trabalhadores melhorou suas aptidões físicas demonstrando que os exercícios físicos surtiram efeito.
Face a isto, se usarmos os benefícios da atividade física como parte do tempo destinado ao trabalho (ou no local de trabalho) podemos melhorar nosso bem-estar, grau de satisfação profissional, reduzir diretamente o risco das doenças crônico-degenerativas, além de servir como elemento promotor de mudanças com relação a fatores de risco para inúmeras outras doenças como por exemplo os efeitos nocivos do estresse e o melhor gerenciamento das tensões próprias do viver.

Fonte: http://www.crefsc.org.br/artigos/artigo16.pdf