quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A EFICÁCIA DA CINESIOTERAPIA LABORAL NA PREVENÇÃO DE DORT/LER NA EMPRESA COOPERATIVA DE CONSUMO DOS BANCÁRIOS DE ARAÇATUBA/LTDA.


Postado por: Nathalia Alvim, Bianca Camini e Stephenie Taveira.


Nas últimas décadas têm-se observado um grande aumento no número de DORT/LER, doenças ocupacionais como conseqüência do uso excessivo e inadequado do segmento corporal e da extensa carga horária dos trabalhadores. DORT/LER são termos utilizados, para a definição dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho e Lesões por Esforços Repetitivos. Para a prevenção dessas doenças a fisioterapia, tem utilizado como recurso a Cinesioterapia conforme Kisner a definiu; como a terapia através do movimento especificamente a modalidade do alongamento ou auto-alongamento. O alongamento de baixa intensidade combinado com longa duração, resulta em ótimas taxas de melhora na amplitude de movimento – ADM.
As DORT/LER são termos utilizados para a definição dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho e Lesões por Esforços Repetitivos, que podem apresentar sintomas como fadiga muscular, parestesia, perda da força muscular e sensação de peso, de aparecimento insidioso, geralmente acometem com mais freqüência os membros superiores e a coluna cervical e lombar [3]. Durante a revolução industrial, ocorreram grandes mudanças trabalhistas como às más condições de trabalho, divisão de trabalho e aumento da carga horária de trabalho. O importante naquela época era o aumento da produtividade sem existir a preocupação com a saúde dos trabalhadores e nem com o ambiente de trabalho. E desde então começaram a surgir as DORT e LER. Atualmente a alta incidência das doenças osteomusculares, está associada com a tecnologia e informatização, forçando os trabalhadores a permanecerem em um trabalho estático e repetitivo durante várias horas ao dia; gerando assim a fadiga muscular e grande desconforto físico e mental Fadiga muscular é como um estado de diminuição reversível da capacidade de um órgão, de um sistema, ou de todo o organismo provocado por uma sobrecarga na utilização daquele órgão, sistema, ou organismo. Sendo assim as DORT/LER vêem apresentando um crescimento progressivo significante nas estatísticas entre trabalhadores que permanecem por longo período na posição sentada e/ ou em pé [2,4]. Para a prevenção dessas doenças, a fisioterapia tem utilizado como recurso a Cinesioterapia conforme Kisner a definiu; como a terapia através do movimento especificamente a modalidade do alongamento ou autoalongamento, porém na ergonomia o termo usado é Cinesioterapia Laboral, definida como exercício fisioterápico na empresa
Alongamento é um termo utilizado, para descrever qualquer manobra fisioterapêutica elaborada para aumentar a mobilidade dos tecidos moles e subsequentemente melhorar a ADM (amplitude de movimento), por meio do alongamento (aumento do comprimento) de estruturas que tiverem encurtamento
adaptativo e tornaram-se hipomóveis com o tempo. O alongamento de baixa intensidade combinado, com o alongamento suave de longa duração resulta em ótimas taxas de melhora na ADM, sem expor os tecidos possivelmente enfraquecidos [1,6]. Portanto através do auto-alongamento, é possível adquirir benefícios como redução de tensões musculares e sensação de um corpo mais relaxado; prevenção de lesões como distensões musculares (pois um músculo alongado resiste melhor á tensões do que um músculo forte não alongado); facilita
atividades de desgastes tais como movimentos bloqueados, por tensões emocionais de modo que isso ocorra de forma espontânea.
Este estudo foi realizado com vinte e quatro trabalhadores, entre operadoras de caixa e funcionários do setor administrativo da Cooperativa de Consumo dos Bancários de Araçatuba/Ltda. Para isso foi aplicado o questionário inicial, que verificou (idade, função, sexo, se é tabagista, se pratica alguma atividade física, se possui alguma doença, se faz uso de algum medicamento, há quanto tempo trabalha no mesmo setor, se possui algum intervalo além do horário de almoço, intensidade da dor, forma da dor se é em forma de agulhada, opressiva, formigamento ou latejante; quando a dor é mais intensa; se toma algum medicamento para aliviar a dor caso ela exista).
Após a avaliação deste questionário, os funcionários receberam na primeira semana demonstrações, e orientações de como deveriam realizar os autoalongamentos. Realizaram os auto-alongamentos no período de quatro semanas, uma vez por dia e três vezes na semana, onde foram focalizados os grupos músculos dos membros superiores: Esternocleidomastóideo, Escalenos, Serrátil anterior, Bíceps braquial, Tríceps braquial, Deltóide médio e posterior, Extensores e Flexores dos punhos. Músculos da coluna: Trapézio e Quadrado lombar. Músculos dos membros inferiores: Quadríceps, Isquiotibias, Abdutores e Adutores de quadril, e Gastrocnêmio. O segundo questionário foi aplicado após duas semanas, onde foi abordado se houve a realização do auto-alongamento, se algum funcionário se sentiu mal realizando o auto-alongamento, se os locais de dor aumentaram ou diminuíram, se a intensidade da dor aumentou ou diminuiu. Na quarta semana, foi aplicado o terceiro questionário; onde foram abordadas as mesmas perguntas; ou seja, os questionários foram aplicados para verificar os resultados, se houve adesão dos funcionários para a realização dos autoalongamentos, se a dor diminuiu e se houve benefício que levam a prevenção de DORT/LER.

Resultados

Foram avaliados vinte e quatro funcionários do setor administrativo e operadores de caixa, com faixa etária de dezenove á cinqüenta e seis anos, todos os funcionários têm carga horária de 8horas/dia. Para análise dos dados foram utilizadas estatísticas em forma de Análise Percentual (0% - 100%). Ao passar o questionário, foram encontrados cinqüenta e seis pontos de dores nos vinte e quatro funcionários, onde 18% dos funcionários sentem dores nos ombros, 3% sentem dores nos braços, 18% sentem dores nos punhos, 9% sentem dores nas mãos, 3% sentem dores na coluna cervical, 11% sentem dores na coluna torácica, 22% sentem dores na coluna lombar e 16% sentem dores nos membros inferiores. E através destes resultados obtidos, foram elaborados alongamentos para a coluna e membros superiores; alongamentos para a coluna e membros inferiores. Após duas semanas de cinesioterapia laboral (auto-alongamento) o questionário foi aplicado com o objetivo de verificar se houve melhora nas queixas colhidas no questionário. O questionário foi respondido por apenas dezoito funcionários, onde foi relatado quarenta e um pontos de dores, e foi analisado que 19% sentem dores nos ombros, 10% sentem dores nos braços, 15% sentem dores nos punhos, 10% sentem dores nas mãos, 12% sentem dores na coluna cervical, 7% sentem dores na coluna torácica, 17% sentem dores na coluna lombar e 10% sentem dores nos membros inferiores, Mediante destes resultados, deve-se levar em consideração a freqüência desses funcionários, que realizaram a cinesioterapia laboral (auto-alongamento); e 38 % dos funcionários tiveram uma freqüência ruim (até 17% de freqüência), 41% dos funcionários tiveram uma freqüência regular (até 75% de freqüência) e 21% tiveram uma freqüência boa (até 100% de freqüência).

Referência bibliográfica:
http://www.salesiano-ata.br/faculdades/noticias/592/FISIO/TCC_2007.pdf

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