sexta-feira, 6 de novembro de 2009

AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA E TRATAMENTO DA LOMBALGIA GESTACIONAL

(Postado por: Fernanda Nataliane, Kenya Sousa, Mariane Rodrigue, Samir Bastos e Tatiane Almeida)

A lombalgia é um sintoma de dor que acomete a região lombar e que pode manifestar-se com a presença ou não de irradiação para os membros inferiores. Este sintoma geralmente aumenta com o decorrer da gravidez, ocasionando diversas interferências nas atividades de vida diária da gestante, tais como carregar objetos, limpar a casa, sentar e caminhar, além de também poder acarretar absenteísmo e distúrbios de sono.
Tendo-se em vista a prevenção da lombalgia durante a gravidez, fazem-se necessárias medidas profiláticas prévias à gestação, como prática de condicionamento físico regular, exercícios de percepção corpórea para que a mulher aprenda a conhecer seu próprio corpo e suas limitações, técnicas de relaxamento e orientação postural em atividades diárias. Também é indispensável a conscientização dos profissionais da área da saúde em relação às mulheres em fase reprodutiva que apresentem dor lombar, já que estas terão maiores chances de desenvolvê-la durante a gestação, fato este que torna imprescindível o tratamento adequado deste sintoma. Durante a gestação, as medidas preventivas devem ser realizadas o mais precocemente possível, com orientações ergonômicas, posturais, exercícios de fortalecimento muscular e alongamento.




Para o tratamento e diminuição da dor lombar e do absenteísmo durante o período gestacional, Ostergaard et al. propuseram um programa de exercícios individualizado e diferenciado baseado na classificação clínica da lombalgia em dor lombar ou dor pélvica posterior. A terapêutica utilizada no tratamento da dor lombar consistiu em cinesioterapia, reeducação postural, exercícios de relaxamento, orientações ergonômicas e das atividades de vida diária. No entanto, as técnicas estabelecidas no tratamento da dor pélvica posterior constaram de exercícios respiratórios, uso de cinto abdominal não elástico, técnicas de relaxamento, orientações ergonômicas e das atividades de vida diária.
Apesar de diversos estudos verificarem a elevada incidência da lombalgia na gestação,observa-se na prática clínica que este sintoma ainda continua sendo muitas vezes ignorado, por se tratar de uma queixa muito freqüente e tolerável para gestante, o que talvez possa justificar o pequeno número de trabalhos que busquem estabelecer métodos de prevenção e tratamento para esta manifestação clínica. Entretanto, faz-se necessária uma melhor orientação e compreensão do assunto pelos profissionais de saúde, devido ao fato de este sintoma exercer um considerável impacto sobre as próprias gestantes e sobre a sociedade, ocasionando diminuição na qualidade de vida, gerando altos custos para os serviços públicos de saúde e queda da produtividade decorrente dos altos índices de absenteísmo.
Fonte do artigo:http://www.bireme.br/metaiah/search.php# (Id: 528934)

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