segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Atividade física e gestação: Saúde da gestante não atleta e crescimento fetal

(Postado por: Carla Luiza, Fernanda Alves, Jéssica Carolina, Priscila de Carvalho, Verônica Cristina, Verônica Felipe)

Em se tratando de saúde física, um dos temas mais discutidos é a prática de exercícios físicos por gestantes. Embora a mulher grávida necessite de cuidados especiais nessa fase, especialistas afirmam que, em grande parte dos casos, as atividades são benéficas para a mãe e seu bebê.

Em décadas passadas, as gestantes eram aconselhadas a reduzirem suas atividades e interromperem seu trabalho ocupacional, especialmente durante os estágios finais da gestação, acreditando-se que o exercício aumentaria o risco de trabalho de parto prematuro por meio de estimulação da atividade uterina. No entanto, em meados da década de 90, reconheceu que a prática da atividade física regular no período gestacional, deveria ser desenvolvida desde que a gestante apresentasse condições apropriadas.

Durante a gestação, o ganho de peso em excesso pode expor a gestante ao desenvolvimento de diversas patologias, tais como hipertensão arterial, diabetes, obesidade pós-parto, além de complicações no parto.

Os benefícios da prática de atividades físicas durante a gestação são diversos e atingem diferentes áreas do organismo materno. O exercício reduz e previne as lombalgias, minimiza a ocorrência de dores nas mãos e membros inferiores, reduz o estresse cardiovascular, menor pressão arterial, prevenção de trombose e varizes, redução do risco de diabetes gestacional, diminui as dores do parto, contribuindo para que as gestantes fisicamente ativas tolerem melhor o trabalho de parto.

As vantagens da atividade física durante a gestação estendem-se ainda, aos aspectos emocionais, contribuindo para que a gestante torne-se mais autoconfiante e satisfeita com a aparência.

Um estudo experimental com gestantes não praticantes de atividade física, subdivididas em um grupo experimental (24 mulheres) com prática de exercícios de intensidade moderada três a cinco vezes por semana, e um grupo de comparação (22 mulheres) desenvolvendo algum tipo de exercício recreacional mostrou que o exercício físico orientado durante toda a gestação, ou parte da mesma pode contribuir tanto para o aumento do peso do feto, quanto para sua percentagem de gordura e circunferência craniana.

Porém, alguns exercícios físicos merecem recomendações especiais. A relação a seguir apresenta alguns tipos de exercícios físicos e/ou situações não recomendadas para a prática durante o período gestacional:

• Qualquer atividade competitiva, artes marciais ou levantamento de peso;
• Exercícios com movimentos repentinos ou de saltos, que podem levar a lesão articular;
• Basquetebol e qualquer outro tipo de jogo com bolas que possam causar trauma abdominal;
• Prática de mergulho.

Alguns sinais ou sintomas representam sinal de perigo, de complicações na gestação durante a prática de atividade física e indicam que o exercício deve ser imediatamente interrompido.

Os principais sinais de que a atividade física deve cessar são:
• Perda de líquido amniótico, dor no peito, sangramento, enxaqueca, dispnéia, edema, dor nas costas, náuseas, dor abdominal, contrações uterinas, fraquezas musculares, tontura e redução dos movimentos do feto.

Outro fator importante que deve estar aliado à prática dos exercícios é a alimentação. Uma dieta rica em frutas, legumes, verduras e fibras é a ideal, aliada à ingestão de líquidos como água e sucos naturais.

Portanto, quando indicada, a prática de atividade física regular, moderada, controlada e orientada pode produzir efeitos benéficos sobre a saúde da gestante e do feto.

Fonte:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1519-38292003000200004&script=sci_arttext&tlng=es

Imagem: rpersonal.wordpress.com/

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